"Não é uma família tradicional, de [comercial de] margarina, mas é uma família. Queiram ou não", disse Reis, que também é presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

O casal foi um dos primeiros do país a oficializar a união após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) da última quinta-feira, que reconhece a união estável homossexual.

Na sexta-feira, depois da decisão do STF, o casal procurou quatro cartórios de Curitiba, onde mora, para oficializar a união, mas não obteve sucesso.

Segundo a advogada deles, Silene Hirata ainda havia dúvidas quanto à documentação.

Apesar da decisão do STF, o Código Civil brasileiro ainda prevê que a união estável se dá "entre homem e mulher". Por isso, a Anoreg (Associação dos Notários e Registradores) orientou os cartórios a fazer uma declaração de união homoafetiva, mas com todas as características de união estável.

Agora, o casal quer filhos. Eles tentam adotar uma criança desde 2005, mas como não eram uma família teriam restrições -- teria de ser uma menina, com mais de 10 anos.

Com o documento em mãos, eles pretendem recorrer à Justiça novamente para adotar um casal.